Cega desde os 23 anos de idade, Paola se dedicou desde jovem à educação de crianças com deficiência. Mais tarde, também se formou em consultoria familiar e ciências religiosas.
Desde 1978, quando a Itália aprovou a lei do aborto, passou a trabalhar em prol das gestantes e dos nascituros, o que a levou a fundar o primeiro Centro de Ajuda à Vida junto a um hospital, a Clínica Mangiagalli. Vários outros centros se seguiram, consolidando uma vasta rede de voluntários que ampararam milhares de mães e as ajudaram a lutar pela vida e bem-estar dos bebês que elas tinham chegado a pensar em abortar.
A atual presidente dos Centros de Ajuda à Vida, Marina Casini Bandini, em nota sobre o falecimento de Paola Bonzi, a descreveu assim:
“Corajosa, gentil, empreendedora, doce, tenaz, apaixonada e sempre pronta para acolher, pessoalmente, as mães tentadas a abortar por causa de uma gravidez difícil e inesperada. Ela levava para uma dimensão calorosa e humana, feita de escuta, empatia, confiança, esperança, apoio, acolhimento, as mulheres a quem o frio da indiferença e a cultura envenenada empurravam a renunciar a dar à luz o próprio filho. [Paola] repetia sempre que as crianças nasciam graças às suas mães, porque, no coração da mulher, reside o sim à vida”.
Paola Bonzi mantinha uma página no Facebook para compartilhar histórias de bebês que foram salvos do aborto nos Centros de Ajuda à Vida. A última mensagem que ela postou na página termina com uma frase significativa:
“A vida é amor. Permaneçamos juntos, continuando a pensar em nossa missão, construindo assim o futuro”.
O testemunho de quem foi ajudada pela obra de Paola.